P i n t u r a, d e s e n h o, gravura, objetos insólitos, assemblages e fotos
"Eu nunca vi cavalo verde!" " Isto não é um cavalo, minha senhora, é uma pintura!" (Matisse) O artista apara as arestas da casualidade, recriando o que a natureza deixou como referência. (Ige D'Aquino)
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Por baixo dos largos fícus plantados à beira-mar, em redor dos bancos frios onde se dita o luar, vão passando os varredores, calados, a vassourar. Diríeis que andam sonhando, se assim o vísseis passar, por seu calmo rosto branco, sua boca sem falar, - e por varrerem as flores murchas, de verem amar.
E por varrerem os nomes desenhados par a par, no vão desejo dos homens, na areia ao pisar... - por varrerem os amores que houve naquele lugar. Visto de baixo, o arvoredo é renda verde luar, desmanchada ao vento crespo que à noite regressa ao mar vão passando os varredores vão passando e vão morrendo a terra, a lembrança, o tempo.
E de momento em momento, varrem seu próprio passar.
3 comentários:
OS VARREDORES
Cecilia Meireles
Por baixo dos largos fícus
plantados à beira-mar,
em redor dos bancos frios
onde se dita o luar,
vão passando os varredores,
calados, a vassourar.
Diríeis que andam sonhando,
se assim o vísseis passar,
por seu calmo rosto branco,
sua boca sem falar,
- e por varrerem as flores
murchas, de verem amar.
E por varrerem os nomes
desenhados par a par,
no vão desejo dos homens,
na areia ao pisar...
- por varrerem os amores
que houve naquele lugar.
Visto de baixo, o arvoredo
é renda verde luar,
desmanchada ao vento crespo
que à noite regressa ao mar
vão passando os varredores
vão passando e vão morrendo
a terra, a lembrança, o tempo.
E de momento em momento,
varrem seu próprio passar.
Lindos trabalhos, vim conferir a produção deste belo espaço.
bjs
Beleza de poema que o Claudio ofereceu de Cecilia Meireles.
bjs
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